Olha.
Observa tudo a sua volta. E às vezes parece que nunca sequer esteve por ali. Estranho essas coisas.
Hoje seria um dia cheio de comemorações, cheinho de coisas boas.
Guarda na lembrança.
Mas ainda lembra. Está aí o grande problema.
Ou não!
Não quer mais pensar e acaba por deixar rolar.
Os momentos estão bons demais para que sequer pense em mudar algo.
As paredes estão ali. No mesmo lugar e continuam a cercar.
A cor é a mesma e os esmaltes que só nelas se encontram marcas.
Do que um dia foi.
A grama continua verde.
O céu no mesmo lugar.
E sua bagunça parece não mudar.
Continua com as mesmas manias, mas com algumas diferenças visíveis.
Caminha leve e calmamente à seu destino.
E ali fica.
Corre.
Bebe.
Come.
E dorme.
Tão puro.
Tão doce.
E tão inocente.

És assim.